Estudo vai mapear o que os trabalhadores da universidade acham do ambiente de trabalho. Resultados serão usados para fundamentar política e ações para promoção do bem estar.

Como está a saúde dos trabalhadores da Universidade de Brasília? Como é o ambiente de trabalho nos departamentos? É agradável, estressante? As perguntas estão num questionário distribuído em todos os setores da UnB em novembro de 2011. A administração quer saber como é o dia a dia de quem faz a instituição andar e está por traz de aulas e pesquisas. Seus resultados vão orientar uma política para aprimorar a qualidade de vida no trabalho. O estudo vai ouvir não apenas os servidores do quadro, como docentes, terceirizados e prestadores.


O questionário será inteiramente confidencial e permitirá obter uma nota global da qualidade de vida no trabalho na universidade. Desde o ambiente físico – temperatura, conforto, barulho – até a qualidade de relacionamentos com os colegas e chefes. Todos os fatores que afetam a rotina de trabalho serão avaliados. Cada trabalhador vai receber um código confidencial para responder às perguntas no site do Grupo de Estudos e Pesquisas em Ergonomia Aplicada ao Setor Público (ErgoPublic), ligado ao Departamento de Psicologia Social e do Trabalho (PST). 
 
A metodologia usada já foi completamente testada e validada pelo grupo. Os fatores avaliados são divididos em cinco: condições de trabalho, organização, relações socioprofissionais, reconhecimento e crescimento profissional e elo trabalho-vida social. Cada um está dividido em itens específicos, que serão avaliados com notas que variam de zero (discordância total) a dez (concordância total). “A partir daí, será possível identificar exatamente em quais deles a universidade precisa melhorar”, destaca Mário César Ferreira, professor do Departamento de Psicologia Social e do Trabalho e coordenador do projeto. 
 
No fim das contas, o estudo vai mostrar a síntese da qualidade de vida no trabalho na UnB. “Com base nos dados será possível construir uma política com princípios, diretrizes e valores para toda a universidade”. O próximo passo será definir as ações que serão executadas para melhorar o ambiente de trabalho. Nos dois momentos, a comunidade acadêmica poderá participar por meio de consultas públicas. “A diferença em relação a outros programas já aplicados pela universidade é que este vai partir de uma percepção sobre o que os trabalhadores realmente querem”, diz Mário César. 
 
O estudo foi encomendado pelo Decanato de Gestão de Pessoas (DGP) para conhecer melhor o servidor da universidade. “O conhecimento produzido na UnB é um aliado importante nessa missão”, afirma a decana Gilca Starling. Quando estiver pronta, a política será implementada oficialmente pelo Decanato de Gestão de Pessoas (DGP). O DGP oferece apoio para a capacitação de servidores com o curso de especialização em gestão universitária, orienta servidores que estão prestes a se aposentar e promove exames médicos periódicos.