A comunidade científica da Universidade de Brasília pode concorrer aos financiamentos oferecidos por três seleções públicas da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). Os editais 01/2015 e 02/2015 contemplam, respectivamente, a participação em atividades científicas nacionais e internacionais e a promoção de eventos. Calendário define seis datas para submissão de propostas ao longo do ano. O terceiro edital, classificado como de demanda espontânea, é destinado a projetos em todas as áreas de conhecimento e prevê o recebimento de propostas até 8 de julho.
Pesquisadores, estudantes de pós-graduação stricto sensu e de graduação vinculados a programas de iniciação científica são o público-alvo do Edital 01/2015, que também abre espaço para profissionais de ciência, tecnologia e inovação com mestrado ou doutorado. A seleção concede até R$ 3 mil para participação em congressos, cursos e visitas técnicas no Brasil e até R$ 10 mil para a presença nas mesmas atividades no exterior. O valor global dos recursos é de R$ 3,5 milhões.
O financiamento do edital de realização de eventos pode chegar a R$ 60 mil, a depender da abrangência da proposta. O valor total destinado na seleção é de R$ 2,1 milhões. Podem participar pesquisadores com formação e experiência compatíveis com o tema indicado, desde que vinculados a instituições de ensino públicas e privadas do Distrito Federal.
O volume global do Edital 03/2015 é o maior entre os abertos este ano pela fundação: R$ 5 milhões. O valor será distribuído em três faixas de propostas com aporte máximo de R$ 100 mil. O financiamento deve ser empregado para a compra de materiais, viagens e pagamento de serviços relacionados ao desenvolvimento dos projetos. A concorrência é aberta a pesquisadores de instituições de ensino e pesquisa, de centros de pesquisa e de empresas que atuam no desenvolvimento e na inovação científica.
"Esses editais são extremamente importantes e eram esperados com ansiedade pela comunidade", afirma o decano de Pesquisa e Pós-Graduação da UnB, Jaime Santana. O gestor destaca a abrangência do edital de demanda espontânea. "É uma seleção que abre portas também para o jovem pesquisador e contempla todas as áreas de conhecimento", diz.
O decano avalia que os aportes da FAPDF demonstram que a fundação está ativa apesar do atual cenário econômico. "Esses investimentos são animadores, embora ainda sejam insuficientes. Nosso desejo é que a FAPDF se estruture e se torne uma agência de fomento que atenda cada vez mais à comunidade, de forma transparente e com editais expressivos".
MAIOR FATIA – A diretora-presidente interina da FAPDF, Regina Buani, informa que todos os recursos previstos para os editais estão garantidos por repasses já executados pelo governo local. Segundo ela, "a UnB é a grande demandadora da fundação" e costuma captar mais de 70% do volume ofertado nos editais.
A professora e pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas Anamélia Lorenzetti demonstra satisfação com o que chama de "retomada da FAPDF". Integrante da Associação de Pesquisadores, Empresários e Gestores em Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal (Apeg-DF), ela se recorda de dificuldades estruturais recentes da fundação e a falta de repasses a projetos selecionados. "O que nos anima é saber que a atual gestão trabalha com os pés no chão e está consciente das necessidades dos pesquisadores", afirma. Além dos editais próprios, a fundação mantém convênios nacionais e internacionais que oferecem oportunidades para pesquisadores. Saiba mais.