Convidados pelo Ministério da Saúde (MS), os pesquisadores John Webster, da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, e Ícaro dos Santos, da Faculdade de Tecnologia da UnB, realizam análise do sistema de inovação tecnológica do país na área médica. Nas duas últimas semanas, os professores visitaram centros de pesquisa e indústrias brasileiras. Agora, os dois engenheiros devem finalizar o relatório e encaminhá-lo para a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do MS.
“A gente quer ver como iniciativas financiadas pelo Ministério da Saúde se inserem no contexto dessa avaliação”, conta Eduardo Jorge Valadares, diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde (Deciis) da SCTIE. Valadares explicou que a iniciativa do ministério pode indicar novos caminhos de atuação aos órgãos do governo e destacou a relevância do trabalho do pesquisador norte-americano na produção do relatório. “O projeto será feito à luz de todo o conhecimento que ele tem na área de Engenharia Biomédica e da capilaridade de seus trabalhos”, completa o diretor.
O brasileiro Ícaro dos Santos também contribuiu com a pesquisa do Ministério do Saúde com conhecimentos sobre a realidade nacional. Ícaro possui vasta experiência no desenvolvimento de estudos em Engenharia Biomédica no Brasil. “As competências foram complementares”, define o professor da UnB. O conteúdo da pesquisa ainda é sigiloso.
A passagem de Webster pelo Brasil foi concluída com a palestra realizada na última sexta-feira (2), no Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da UnB. O professor apresentou para uma plateia lotada, predominantemente de engenheiros, os projetos biomédicos que deram a ele lugar de destaque no mundo da inovação tecnológica. “O que eu vi foi suficiente para adquirir novos pontos de vista”, afirma Pedro Henrique Aguiar, 19, aluno do 3º semestre de Engenharia Mecatrônica. O jovem pretende utilizar as informações passadas pelo palestrante na elaboração de trabalhos mais aprofundados. “Na área de pesquisa, se você tem variados pontos de vista, é mais fácil acrescentar algo nos seus trabalhos”, conclui o estudante.