Pesquisas do Departamento de Botânica concluiram que substâncias do caule da planta conhecida como Timbó (Serjamia Lethalis) matam as larvas do aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue.

De acordo com os estudos, o pó do caule do Timbó moído e misturado em água forma uma solução viscosa que elimina as larvas. Mais de 160 mil casos de dengue foram registrados no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde.

 


“Essa solução mata eficientemente o aedes aegypti. Já conhecíamos essa planta, mas nunca havia sido testado seu uso antes para esse fim. Estamos satisfeitos com os resultados”, explica o professor José Elias de Paula, responsável pela pesquisa. Ele foi auxiliado por Marcílio Sales, servidor da Prefeitura.

 

Professor José Elias (esq.) e Marcílio Dias (dir.) coletam caule do Timbó

Timbó é uma palavra do Tupi e significa veneno, algo que mata. A planta é nativa do Cerrado brasileiro e é usada no combate de pulgas e bichos-de-pé. Segundo Marcílio, a iniciativa de dar início à pesquisa com a planta surgiu de uma simples conversa com o pai, que mencionou que o Timbó era usado para combater pulgas no Nordeste. “A partir disso, conversei com o professor, e resolvemos fazer testes para ver se também funcionaria contra as larvas da dengue”, afirma.


O professor José Elias enfatizou que espera que parcerias sejam feitas futuramente, para que a planta possa ser usada o mais rápido o possível no combate da dengue. “Se isso for comercializado logo e realmente for acatado pela população, em 2020 já não haverá mais a dengue no país”, aposta Marcílio Sales. A solução foi registrada em setembro no Distrito Federal.