Pesquisadores da Universidade de Brasília desenvolveram o primeiro software para desospitalização do Brasil. O SOS–Desospitalização sinaliza os pacientes aptos à internação domiciliar, favorece o acompanhamento dos pacientes em casa e emite relatórios estatísticos para planejamento de políticas públicas.

O programa já foi implantado no Núcleo Regional de Atenção Domiciliar (Nrad) da Ceilândia.


“O beneficiário direto é o usuário”, defende Emerson Fachin, professor do departamento de Fisioterapia da Faculdade UnB Ceilândia e um dos idealizadores do software. De acordo com o professor, o programa acelera o processo de desospitalização ao facilitar o acesso às informações dos pacientes pelos usuários do software, atualmente, funcionários do Nrad. “O paciente passa a ser hospitalizado em casa, uma forma mais humanizada de hospitalização”, afirma.


O segundo grupo beneficiado pelo novo programa seria o de funcionários do serviço de atendimento domiciliar. “Com o software o profissional consegue obter as informações que precisa em um relatório digital de fácil acesso”, aponta o professor. O terceiro grupo consitui-se do poder público e de toda a sociedade, uma vez que o programa diminui os custos para os cofres públicos e colabora com a redução de pacientes internados em hospitais.


O SOS-Desospitalização também é capaz de emitir relatórios estatísticos, utilizados na gestão da desospitalização e na criação de políticas públicas. “Ele mostra o número de visitas que o paciente recebeu, qual a periodicidade, quais são os profissionais mais requeridos. E pode colaborar até mesmo no dimensionamento do quadro de pessoal necessário”, avalia Wilson Veneziano, professor do Departamento de Ciências da Computação e criador do programa.  


COLABORAÇÃO
- Desde sua concepção, em 2010, o SOS-Desospitalização conta com a colaboração de duas funcionárias do Nrad da Ceilândia, e mestres da UnB, Valdenísia Apolinário e Márcia Evangelista. As pesquisadoras desenvolveram suas dissertações a partir de pesquisas que fizeram para a construção do software.  O projeto também contou com a colaboração dos estudantes de Licenciatura em Computação Pedro Medeiros e Jônatan Amorim, que produziram o programa de computador sob a coordenação do professor Wilson Veneziano.