Objetivo é evitar possíveis reações adversas a medicamentos por meio de consulta rápida a banco de dados

Ascom/HUB

Desenvolvido por professores da UnB em parceria com farmacêuticos hospitalares e acadêmicos do curso de Farmácia no período mais agudo da pandemia de covid-19, o aplicativo MedUTI busca ajudar profissionais de saúde a prescreverem mais rapidamente medicamentos sem agravar o quadro clínico de pacientes que estão na UTI. O app funciona offline, o que torna possível o seu uso em UTIs móveis e localidades remotas.

“Ter informação rápida e confiável sobre os medicamentos pode ser decisivo na sobrevida de pacientes em condições graves que fazem uso simultâneo de vários remédios”, explica a pesquisadora Patrícia Medeiros. “A escolha certa do remédio pode evitar que o tempo de internação do paciente se prolongue, sequelas ou mesmo reações adversas que poderiam levá-lo à morte”, ressalta.

De fácil uso, o aplicativo ajuda a prescrever os medicamentos mais adequados em cada caso. Foto: Divulgação


O aplicativo considera características como idade, gravidez, obesidade e se o paciente sofre de insuficiência renal, hepática ou faz hemodiálise. Com poucos cliques, é gerado um relatório, que depois pode ser anexado ao prontuário médico do paciente, contendo possíveis reações adversas. A partir dessas informações, o profissional de saúde é capaz de selecionar, com maior segurança, os medicamentos a serem prescritos.

Reunir informação atualizada sobre os medicamentos usados na UTI foi a primeira etapa da pesquisa realizada para o desenvolvimento da tecnologia. Para isso, foram consultados compêndios de farmacologia, bases científicas de dados e plataformas usadas no mundo inteiro em consultas clínicas. Em seguida, foi desenvolvido o aplicativo para celular, que cruza de maneira inteligente as informações contidas nessa extensa base de dados.

Protegida com o registro de software pelo Núcleo de Propriedade Intelectual (Nupitec) do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da UnB, a tecnologia está sendo negociada pela Agência de Comercialização de Tecnologia com vistas ao licenciamento para uso em hospitais e associações médicas e hospitalares.

A ideia é que o aplicativo também esteja disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). “Esse é o cenário ideal”, diz Patrícia, que relata a existência de conversações com o Ministério da Saúde nesse sentido. “Devido ao potencial sanitário da tecnologia, é importante que ela esteja ao alcance do maior número de pessoas”, destaca.

Da esquerda para a direita: Felipe Ferreira, Natália Freitas, Patrícia Medeiros e Marcílio Cunha Filho. Foto: Raquel Aviani/Secom UnB


A pesquisa foi realizada sob liderança da professora Patrícia Medeiros, do curso de Ciências Farmacêuticas da UnB, que tem ampla experiência em farmácia hospitalar, juntamente com Marcílio Cunha Filho, também professor do curso de Ciências Farmacêuticas da UnB, com experiência na área de tecnologia farmacêutica e bolsista de produtividade do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também participaram Nathália Lobão, farmacêutica clínica da UTI do Hospital de Base de Brasília, Felipe Ferreira, farmacêutico clínico do Hospital do Paranoá, e Natália Freitas, mestranda da UnB.

Interessados na tecnologia da UnB devem entrar em contato com a Agência de Comercialização de Tecnologia por meio do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou pelo telefone 61 3107-4116.

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