Foram cinco anos de trabalho até a chegada à UnB de um fóssil de titanossauro réptil herbívoro que viveu há cerca de 70 milhões de anos. Envoltos em gesso, os últimos pedaços do animal chegaram ao campus de Planaltina em março, vindos de Marília, interior paulista, região onde o dinossauro foi encontrado.
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ESCAVAÇÕES – Para remover o esqueleto, mais de cinco mil toneladas de pedras foram retiradas com a ajuda de tratores e britadeiras. "O local das escavações virou atração turística na época", diz Santucci. O pesquisador explica que dinossauros são mais encontrados em regiões com rochas sedimentares onde há pouca água e vegetação, caso dos desertos. “A região de Marília é famosa por esse tipo de fóssil”, afirma o professor, que há vinte anos trabalha com o tema.
A pesquisa conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
DINOSSAURO NA UnB – O pesquisador lista uma série de atividades que vão ser realizadas nos próximos cinco anos na Faculdade UnB Planaltina (FUP), onde o fóssil está alojado. Ele cita a descrição dos ossos, a comparação deles com os de outras espécies e a produção de uma réplica do animal. “Podemos fazer as peças por meio de impressora 3D, por exemplo”, explica. Ao final da pesquisa, a ossada será devolvida à Marília. “Uma réplica do titanossauro também será construída para ser exposta no Museu de Paleontologia da cidade”, conta. Também está prevista a reconstituição do ambiente em que o dinossauro viveu. “Há marcas de raízes e plantas nas rochas que podem ajudar na reconstrução desse cenário”, aponta. Além da UnB, participam do projeto pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Museu de Paleontologia de Marília e da Fundação Educacional de Fernandópolis, em São Paulo.
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