Imunização contra quatro vírus da doença será testada por voluntários no Distrito Federal

Foto: Reprodução / Ministério da Saúde

O Instituto Butantan (SP) e o Ministério da Saúde deram início a testes em humanos da vacina contra a dengue no Distrito Federal. Na região, o projeto será coordenado pela Faculdade de Medicina e pelo Núcleo de Medicina Tropical, da Universidade de Brasília (UnB), e pela Secretaria de Saúde (SES-DF). Os testes contarão com 1,2 mil participantes voluntários e devem apresentar dados importantes sobre a efetividade da vacina.


Para o superintendente do Hospital Universitário de Brasília (HUB), Hervaldo Sampaio Carvalho, a escolha de São Sebastião para esta fase da pesquisa fortalece a atuação em rede. "Esse importante estudo fortalece a participação do Hospital Universitário e das áreas de saúde da UnB no papel institucional de fomento à pesquisa, além de ratificar o compromisso da Universidade de Brasília com a população da Região Leste do Distrito Federal", destaca Hervaldo.


Uma vez aprovada, a vacina beneficiará parcela significativa da população brasileira ao permitir a imunização contra quatro vírus da dengue em uma única dose. Para o pesquisador Gustavo Adolfo Sierra Romero, infectologista e professor da UnB, a participação do Distrito Federal no estudo reveste especial importância considerando que a região vem sendo afetada a cada ano com maior intensidade pela dengue. “A realização da pesquisa é especialmente valiosa para fortalecer a capacidade de realização de ensaios clínicos de grande porte, tendo como base a parceria entre a UnB e a rede pública de atenção à saúde no Distrito Federal”, completa Romero.


Os ensaios clínicos envolverão 17 mil participantes voluntários em 13 cidades das cinco regiões do Brasil. Para participar, o voluntário precisa ser saudável, ter tido ou não dengue e se encaixar em um dos três grupos, de acordo com a faixa etária: 2 a 6 anos, 7 a 17 anos e 18 a 59 anos. Os testes clínicos serão realizados no Centro de Saúde 01 de São Sebastião, e os participantes serão acompanhados por médicos durante cinco anos.

 

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